O hiperadrenocorticismo em cães é uma desordem no corpo que leva ao excesso de cortisona na corrente sanguínea. A cortisona é um dos vários hormônios controlados pelo sistema endócrino, e é responsável pelo metabolismo de carboidratos e proteínas no corpo.
Quando o processo falha, diversos problemas gastro-intestinais e desequilíbrios, como a hipertensão tendem a ocorrer. O hiperadrenocorticismo em cães é, portanto, causa para diversas outras condição bastante problemáticas para a saúde do cão.
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Diversas causas podem levar ao desequilíbrio e ao funcionamento incorreto da glândula pituitária e à formação de tecidos que secretam a cortisona. Além disso, os efeitos do problema são significativos, pois afetam várias partes do corpo, reduzindo a qualidade de vida do cão.
Conheça melhor a condição, e saiba como lidar com o hiperadrenocorticismo em cães:
Causas
Entre as principais causas do hiperadrenocorticismo em cães, a mais comum é o surgimento de tumores pituitários benignos. Os tumores malignos na glândula pituitária (aqueles que espalham-se pelo corpo) não costumam ser causas do problema de forma tão frequente, embora ainda representem cerca de 15% da origem do hiperadrenocorticismo em cães.
Uma condição ainda mais rara que pode causar o problema é o surgimento de um tumor adrenal. Quando ele ocorre, seja de forma maligna ou benigna, também tem potencial de ser uma causa da disfunção.
Em alguns casos, o problema também ocorre pela administração inadequada de suplementos de cortisona no corpo. Quando estes suplementos são oferecidos em excesso, é possível que o animal desenvolva o desequilíbrios hormonal.
Sintomas do hiperadrenocorticismo em cães
Entre os principais sintomas da condição em cães, que devem ser observados pelos donos e veterinários, destacam-se:
- Sede e frequência da urina elevadas;
- Fome elevada;
- Abdômen inchado;
- Obesidade;
- Gordura e inchaço nos ombros e no pescoço;
- Perda de cabelo;
- Falta de energia e fraqueza muscular;
- Insônia;
- Inutilização do sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas;
- Escurecimento da pele;
- Pele mais fina e mais propensa a machucados e hematomas;
Diagnóstico
Para diagnosticar um possível hiperadrenocorticismo em cães, o veterinário precisa realizar um exame físico completo. Isso inclui testes de sangue e de urina, além da análise do histórico de saúde de cachorro, e da percepção dos sintomas típicos.
O teste sanguíneo incluirá, além da contagem de células, uma medição dos níveis de cortisona na corrente sanguínea do cão. O teste de urina também permite a medição hormonal. Para resultados mais seguros, é encorajado que os dois tipos sejam realizados para fim de comparação e confirmação do diagnóstico.
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Diagnosticado o desequilíbrio hormonal, ainda é necessário diagnosticar a causa do problema – ou seja: determinar se o hiperadrenocorticismo é causada por tumores, medicação equivocada ou crescimento da glândula pituitária. Cada uma destas causas exige tratamentos diferentes, o que torna essencial o diagnóstico preciso da condição.
Em outras palavras, a identificação do hiperadrenocorticismo em cães é apenas o primeiro passo de um processo de duas etapas. Antes, identifica-se a desordem no organismo para, só então, conhecer sua causa.
Tratamento do problema
Cães com tumores adrenais benignos (que não espalham-se pelo corpo) podem ser tratados cirurgicamente, com a remoção dos tecidos. Em geral, utiliza-se tratamentos medicamentosos antes da cirurgia para estabilizar a condição.
Em outros casos, o tratamento completo com medicamentos é possível, dependendo do tipo de tumor. Se tratar-se de um tecido que já se espalha pelo corpo, será necessário realizar um tratamento completo relativo ao câncer.
Por isso, o prognóstico é melhor quanto mais cedo a condição for diagnosticada. Em casos de percepção tardia, a tendência é que o cão tenha poucas chances de sobreviver.
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