Não é nenhum segredo que inúmeras raças de cachorros são planejadas e criadas a partir de várias gerações de cruzamentos entre espécies já existentes. É o caso de grandes cães inteligentes, utilizados para pastoreio em campos – criados séculos atrás – e de novas raças cada vez menores e mais adaptadas à vida em casas e apartamentos.
O que talvez você ainda não saiba é que existem várias raças de cachorros que foram extintas com o passar do tempo. Se hoje as raças são criadas para adaptarem-se às necessidades humanas, é de se imaginar que as raças do passado também tivessem este objetivo. Com a mudança dos hábitos sociais, ao longo dos séculos, como a diminuição da caça e a proibição da briga entre cães, alguns destes animais não continuaram a ser reproduzidos.
Conheça algumas das mais famosas raças de cachorro que entraram em extinção com o tempo:
Molossus
O Molossus é um cão lendário, referenciado em muitas histórias gregas. O filósofo Aristóteles era um grande adorador da raça, e inclusive escreveu sobre suas características superiores em relação a outros cães da época.
O Molossus era um cão enorme, utilizado para caça, atividades rurais e brigas. Alguns historiadores acreditam que eles também podem ter sido utilizados como cães de guerra, em algumas situações específicas. Embora esteja entre as raças de cachorro que foram extintas, acredita-se que o Molossus seja o precursor das linhas do Mastiff – um gigante dos dias atuais.
Cordoba Fighting Dog
A versão argentina de cães de briga, o Cão de Luta de Córdoba, está entre as raças de cachorro que foram extintas após a proibição de lutas entre animais, pouco menos de um século atrás. Quando foi criada, a raça foi uma mistura entre características do Boxer, do Bull Terrier, do gigante Mastiff e do Buldogue Inglês.
Após a descontinuidade da sua reprodução, anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, suas características foram aproveitadas para o desenvolvimento do chamado Dogo Argentino.
Paisley Terrier
O pequeno inglês foi um conhecido cão de competição e de estimação, bastante comum na Grã-Bretanha no século passado. Sua pelagem longa e sedosa o tornou uma grande estrela das competições da época. Após o período, a raça acabou perdendo boa parte da demanda e do seu valor comercial, entrando para a lista das raças de cachorro que foram extintas.
Talbot
O Talbot era um dos cães mais respeitados da Idade Média, e um dos mais referenciados entre os nobres. Há registros da domesticação e introdução desta raça em outros países com mais de um milênio.
Conhecido cão de caça da nobreza, era tão adorado que fazia parte do brasão de muitas famílias nobres – algumas delas mantém a imagem do cão nos seus brasões, mesmo que ele tenha entrado para a lista de cachorros que foram extintos com o tempo.
Suas habilidades como caçador, apesar da fama, não eram excepcionais – alguns registros históricos indicam que alguns cães maiores conseguiam ser até mesmo mais ágeis que o Talbot. Sua lealdade, olfato e facilidade de treinamento, no entanto, tornavam a raça uma das favoritas. Além de todo este currículo, o Talbot continha boa parte da base genética que hoje é encontrada nos Beagles.
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