Você está aqui: Início » Doenças » Botulismo em cachorros: O que é e como tratar?
Botulismo cachorro

Botulismo em cachorros: O que é e como tratar?

Embora seja raro, cachorros também podem sofrer intoxicações alimentares, assim como os seres humanos. O botulismo em cachorros, por exemplo, é uma espécie de intoxicação alimentar causada pela bactéria Clostidrium botulinum e pela toxina que ela produz dentro do corpo do animal.

O botulismo em cachorros é uma doença pouco comum, principalmente pelo fato de a maioria dos cães serem resistentes a bactéria que causa os sintomas. Apesar disso, nos casos de cachorros com quadro de saúde instável ou imunidade baixa, é preciso estar atento aos sintomas e levar o animal imediatamente ao veterinário caso algum deles apareça.

Causas

As causas da doença são bastante conhecidas e em sua maioria estão relacionadas ao contato do animal com matéria orgânica, que pode estar contaminada com a bactéria. A carcaça de animais mortos, carnes cruas e ossos provenientes dessas carnes são alguns dos ambientes que propiciam a proliferação da bactéria. Além disso, alimentos enlatados também podem facilitar a intoxicação do animal.

O botulismo em cachorros também pode surgir a partir da exposição do animal a locais contaminados com lixo e matéria orgânica, como açudes, poças d’água, locais com terra e areia.

Sintomas do botulismo em cachorros

Apesar de ser uma doença que atinge inicialmente o estômago e intestino do animal, o botulismo também atinge o sistema nervoso do cão, fazendo com que os sintomas tenham efeitos em diversos órgãos.

Os principais sintomas do botulismo em cachorros são aqueles relacionados à paralisia dos músculos, iniciando na maioria das vezes com a paralisia das patas traseiras e, posteriormente, atingindo todo o corpo do animal. Além da paralisia muscular, as pálpebras também são atingidas pela paralisia, prejudicando ainda mais a locomoção do animal.

Veja também – Doença de Lyme

Em alguns casos, o cachorro também apresenta dificuldade para respirar, engolir e realizar a digestão, levando a um quadro de megaesôfago – doença que prejudica o processo de digestão dos alimentos. É comum que ao apresentar esses sintomas o cachorro demonstre sinais de fraqueza e cansaço severo, agravando seriamente o estado de saúde do animal.

Os sintomas aparecem normalmente em até 48h após a ingestão do alimento, mas em alguns casos eles podem aparecer em até 6 dias após a ingestão. Após o surgimento dos primeiros sintomas, a doença intensifica-se de forma rápida e pode levar o animal a morte se não houver tratamento.

Tratamento

O botulismo em cachorros é uma patologia difícil de ser identificada à primeira vista, pois pode ser facilmente confundida com outras doenças semelhantes e que envolvem intoxicação alimentar. Assim, é imprescindível levar o animal o mais breve possível a um veterinário, que realizará uma série de exames para diagnosticar o quadro clínico do cão (radiografias, exame de urina, exame de sangue, entre outros).

Veja também – Tosse em cachorros: trata-se de uma doença ou um simples sintoma?

É comum os veterinários realizarem exame das fezes do animal, buscando encontrar o possível alimento que causou o botulismo. Por isso, prestar atenção à alimentação do animal e aos locais com que ele tem contato é essencial para poder auxiliar o veterinário nesse trabalho de investigação.

O tratamento será realizado de acordo com a gravidade da doença, podendo durar entre 1 a 4 semanas – prazo que pode ser prolongado em casos gravíssimos. Os procedimentos do tratamento incluem desde medicação para aliviar os sintomas, fisioterapia para recuperar os movimentos, até utilização de respirador para facilitar a respiração do animal.

Prevenção

A prevenção do botulismo em cachorros depende principalmente do cuidado com a alimentação e locais de passeio do animal, evitando que ele tenha contato com ambientes que facilitam a proliferação da bactéria. Além disso, manter a imunidade do cachorro alta e as vacinas em dia contribuem para que o animal seja resistente à doença.

Também se recomenda que ao sinal do primeiro sintoma, o animal já seja levado imediatamente a um veterinário, pois o tratamento precoce evita o agravamento dos sintomas que, se não tratados, podem levar a morte.

Acompanhe nossas dicas