A endodontia em cães é o procedimento necessário quando há um problema com o sistema endodôntico. Este sistema é a parte interna do dente, que contém um tecido sensível com vasos sanguíneos, nervos e tecidos conectivos permitindo que o dente cresça, amadureça e responda ao estresse.
Estes vasos e tecidos são conectados ao dente através de pequenos buracos nas pontas das raízes dos dentes. A endodontia em cães é o procedimento necessário para tratar o dano na polpa do dente. A depender da severidade do dano, a pulpite pode ser ou não revertida.
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Em geral, o problema é gerado por traumas no dente ou por inflamações, que fazem o tecido inchar e não permitem que o sangue entre no dente, levando-o a “morrer”. Fraturas que exponham a polpa são as mais graves, pois podem gerar a infecção, enchendo o dente com tecido inflamado.
Saiba mais sobre a endodontia em cães, e como o procedimento funciona:
Quando recorrer a endodontia?
As causas que levam à endodontia em cães são variadas. A causa mais comum é a ocorrência de fraturas nos dentes, resultantes de traumas externos na área. Os dentes mais comumente fraturados são os caninos e o quarto molar superior, responsável por boa parte do trabalho bruto na mastigação.
Em casos mais raros, é possível que a exposição da polpa não ocorra em função de um trauma externo. Nestas situação, é possível que a causa seja algum problema ainda mais grave, possivelmente relacionado ao sistema imunológico do animal.
Sintomas de necessidade de endodontia em cães
Se alguma vez você já teve a polpa de seus dentes exposta, certamente sabe que um dos sintomas do problema é a dor aguda e desconfortável. Isso não é diferente no caso dos cães. Diferentemente dos humanos, no entanto, cães tentam esconder suas dores por questões instintivas, por isso pode ser um pouco difícil de perceber os sinais mais óbvios do problema.
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É necessário identificar os sintomas através de dicas um pouco mais sutis, mas perceptíveis. Atitudes como a diminuição repentina do apetite e perda de interesse em brinquedos e petiscos mastigáveis são sintomas que devem ligar o sinal de alerta.
Se você costuma conferir a arcada dentária do cão, é comum encontrar inchaços significativos na gengiva perto da área afetada.
Diagnóstico do problema
O diagnóstico de que a endodontia em cães é necessária geralmente é realizado através de uma radiografia como o primeiro passo. O procedimento é capaz de determinar se há alguma anormalidade com a raiz do dente, e qual a forma mais adequada para lidar com o problema.
Tratamento de endodontia em cães
O tratamento mais comum para o problema é a terapia do canal da raiz. Isso envolve a remoção do tecido infectado e a limpeza da área. A área é, então, preenchida com material estéril que previne a aparição de futuras contaminações bacteriais. Materiais com a coloração do dente são colocados para fechar o buraco feito para a limpeza, deixando o dente protegido por mais tempo.
Por isso, é necessário que o tratamento seja realizado por profissionais competentes e experientes na área. Quando o procedimento é realizado de forma inadequada, isso pode reduzir significativamente a qualidade de vida do cão por alguns anos,
Pode-se, ainda, recorrer a uma opção mais definitiva. Trata-se da extração do dente infectado e substituição por uma prótese ou não (dependendo de qual o dente extraído). O procedimento é mais traumático e envolve uma cirurgia mais profunda, o que o torna aconselhável apenas quando o tratamento de canal é uma opção que tende a dar errado. Além disso, o cão perde a sensibilidade e a função deste dente – o que pode ser um problema significativo para o animal que dependa de sua funcionalidade.
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