A síndrome da disfunção cognitiva canina é uma condição neurológica relacionada ao envelhecimento do cérebro de um cão. Em estágios avançados, o problema leva a dificuldades de aprendizado, memória e menores respostas a estímulos externos. Muitas vezes, a síndrome da disfunção cognitiva canina é chamada de declínio cognitivo ou demência canina.
Estima-se que cerca de 50% dos cachorros desenvolvam os sinais clínicos do problema após os 11 anos de idade, e mais de dois terços dos cães apresenta a condição após os 15 anos de idade.
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Quando um animal sofre de síndrome da disfunção cognitiva canina, sua qualidade de vida é significativamente diminuída. Além disso, o problema exige mais atenção dos donos, considerando a fragilidade da saúde e da capacidade de autonomia do cão.
Por isso, é importante conhecer o problema, seus sintomas e formas de lidar com o declínio cognitivo em cães:
Sintomas da síndrome da disfunção cognitiva canina
Entre os principais sintomas apresentados pelos animais que sofrem do declínio cognitivo, que devem ser observados por quem convive com o animal, destacam-se:
- Desorientação ou confusão;
- Ansiedade e falta de descanso;
- Irritabilidade extrema;
- Falta de vontade de brincar e ser ativo;
- Incompreensão sobre comandos e hábitos previamente aprendidos;
- Dificuldades para aprender novas tarefas;
- Incapacidade de manter suas rotinas comuns;
- Falta de asseamento e cuidado com seus excrementos;
- Incontinência de urina e fezes;
- Perda de apetite;
- Mudanças no ciclo do sono sem motivo aparente;
Causas do problema
Embora as causas exatas da síndrome da disfunção cognitiva canina não sejam totalmente conhecidas, há estudos que indicam várias das causas para o problema. Entre as principais causas, destacam-se fatores genéticos que aumentam os riscos para o cão.
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome da disfunção cognitiva canina inclui algumas observações a respeito do estado atual do cão. Para isso, é necessário analisar o histórico do animal, incluindo suas próprias observações a respeito do comportamento dele.
Em geral, o diagnóstico é feito aos poucos, com a percepção de certos sintomas ao longo da vida do cachorro. Os primeiros comportamentos e complicações costumam aparecer após os dez anos de idade.
Após o diagnóstico comportamental, é importante realizar testes de sangue e testes físicos. Eles servem para descartar a presença de outras condições de saúde arriscadas para o cão, que podem ser responsáveis pelos problemas no comportamento dele.
Tratamento da síndrome da disfunção cognitiva canina
Cães com declínio cognitivo exigem apoio e terapia ao longo da vida, após o aparecimento dos sintomas. Embora não haja uma cura para o problema, sua ajuda, carinho e suporte fazem toda a diferença para a qualidade de vida durante os anos que restam para o cãozinho.
Permitir que o organismo fortaleça e que o cão viva em um ambiente estimulante pode desacelerar a progressão do problema ao longo do tempo. Isso exige bastante atenção e uma rotina preventiva diária de exercícios, estímulos e brincadeiras.
Além disso, uma dieta balanceada e especialmente pensada para a situação pode ser essencial para prolongar a qualidade de vida. Uma suplementação com antioxidantes, vitaminas e ômega-3, por exemplo, pode tornar o declínio mais lento.
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