Bastante temida por diversos donos, a babesiose é considerada como uma doença extremamente séria, atingindo cachorros independentemente de raça, idade, cor ou tamanho, em que apesar de existir tratamento, é necessário garantir que ele não tenha, pois em situações graves o cachorro pode morrer.
A babesiose, antigamente conhecida como piroplasmose, e atualmente como doença do carrapato, é contraída pelo protozoário Babesia canis, o qual é capaz de entrar no sangue e parasitar os glóbulos vermelhos, podendo destruir e multiplicar-se.
Com isso, o carrapato é considerado como o principal transmissor, onde ao se alojar na pele do cachorro para alimentar-se do sangue, os protozoários são liberados na corrente sanguínea, o que faz com que se multiplique e rompa os glóbulos vermelhos, ocasionando na babesiose.
Conheça mais sobre a babesiose e os sintomas
Devido ao fato de os glóbulos vermelhos serem destruídos, isso causa uma séria anemia no cachorro, ou seja, ocorre uma diminuição da passagem de sangue para todos os órgãos. Por isso, quando ao não se realizar o diagnóstico rapidamente, a babesiose pode até mesmo causar a morte do cão.
Em relação aos sintomas, eles são percebidos facilmente, pois como a babesiose pode ocasionar na anemia do cachorro, o dono nota rapidamente uma alteração na aparência e nos costumes do cachorro.
Com isso, os principais sinais são a falta de apetite, a pele e os olhos ficam amarelados, palidez, urina escura, muito cansaço e até mesmo depressão, principalmente devido a ausência de energia do cachorro, além de ocorrer ainda perturbações nervosas e insuficiência renal.
Qual o quadro clínico da babesiose?
Sobre o quadro clínico da babesiose no cachorro infectado, ele se divide em quatro etapas de acordo com a seriedade ou o agravamento dos sintomas, sendo as etapas: a hiperaguda, aguda, crônica e subclínica.
- No caso da etapa hiperaguda, esse atinge os filhotes recém-nascidos, os quais ainda não apresentam o seu aparelho de defesa totalmente desenvolvido e se encontram desprotegidos.
Além disso, cachorros que estão com uma enorme infestação de carrapatos podem também estar sujeitos, onde tal estado apresenta hipotermia, hipóxia tissuar, o qual os tecidos não possuem de forma suficiente o oxigênio, e outras diversas lesões nos vasos e tecidos, sendo que poucos cachorros se recuperam nessa etapa.
- Em relação a aguda, essa é bastante comum de ocorrer, se caracterizando através de uma anemia onde os glóbulos vermelhos são destruídos e os sintomas são anemia e febre, podendo notar no exame de sangue.
- Já a crônica geralmente acontece em um cachorro que se encontra parasitado já faz um tempo, não sendo muito comum, porém, pode ocorre.
Nesse caso, os sintomas podem surgir de maneira intensa e nítida, como depressão, perda de peso, fraqueza, febre, entre outros.
- Por fim, na subclínica, essa é a mais complexa de ser identificada devido aos sinais não serem muito visíveis e notados pelos donos. Com isso, por ser muito silenciosa, é necessário que haja uma atenção redobrada.
Diagnóstico da babesiose
Quando os donos notarem os sinais desse tipo de doença, é necessário levar o cachorro imediatamente para um médico veterinário, em que serão feitos exames para que possa ter um diagnóstico preciso.
Devido ao fato de a anemia ser uma característica da babesiose, a quantidade de plaquetas provavelmente irá ficar baixa caso o cachorro esteja doente. Com isso, ao se fazer um exame de urina, esse já pode ser um bom detector, onde se aparece muitas alterações.
Porém, a melhor maneira de fazer o diagnóstico é podendo ver se existem parasitas no sangue do cachorro, onde isso é realizado por um veterinário através de um microscópio, em que ele terá certeza de que é babesiose, e caso o protozoário não for visto, pode ser outra doença.
Como é realizado o tratamento da babesiose?
Sobre o tratamento da babesiose, esse se realiza por duas etapas, em que a primeira é combater o carrapato e depois disso ajustar todos os tumultos e complicações que foram causadas pelo protozoário.
Além disso, os remédios devem sempre ser prescritos pelo veterinário, e nunca deve ser medicado sem uma indicação profissional, onde no momento da aplicação do medicamento piroplasmicida, é capaz de surgirem certos efeitos, como diarreia, vômitos e tremores, porém, não possuem nenhum perigo para o cachorro, pois é normal da medicação.
Outra maneira de tratar a babesiose é por meio de antibióticos, porém, esses não são muito eficientes. Além ainda do uso de remédios, conforme a seriedade da doença, pode-se realizar outros tipos de tratamentos para tratar as consequências da babesiose, pois se o cão estiver na fase severa, é preciso de uma transfusão de sangue.
Prevenção da babesiose
É muito comum que os cachorros sempre fiquem bastante tempo ao ar livre, principalmente em áreas com árvores, onde são mais propensos a serem vítima de carrapatos, além de aumentar também as chances durante temperaturas mais altas, quando a população de ácaros é mais abundante.
Dessa forma, a melhor maneira de evitar a babesiose é prevenindo para preservar a saúde do cachorro, sendo necessário observar de maneira regular se o seu cachorro está com carrapatos, verificando a cabeça, virilha e axilas.
Com isso, se você notar a presença de carrapatos, procure removê-los rapidamente. E caso você tenha contato com um cachorro com carrapatos, sempre passe um pente de dentes finos nos seus cabelos, ou então peça a ajuda para alguém verificar a sua cabeça, principalmente durante altas temperaturas.
Procure se lembrar de que os carrapatos se encontram no corpo, roupas e no ambiente e, por isso, é essencial que se elimine os focos na sua casa, principalmente em locais abertos, como um jardim, onde se deve limpar as folhas, ervas daninhas e a grama alta.
Quanto a transfusão de sangue, ela sempre pode trazer um risco significativo para os cachorros receptores do sangue, e por esse motivo que os cachorros doadores, antes de doarem, realizem um teste para descartar a infecção por babesiose.
Apesar de ser uma doença que apresenta um tratamento eficiente, a melhor maneira de evitar a babesiose é a prevenção, em que os donos necessitam ter atenção ao transmissor, ou seja, os carrapatos, pois eles são uma praga para os cachorros, sendo parasitas naturais.
Portanto, caso você tenha cachorro em casa, sempre se atente aos carrapatos para que o seu cão não tenha babesiose, além de procurar dar banhos antiparasitários, limpar muito bem o ambiente que ele fica, e caso ache necessário, use coleiras que espantam os parasitas.
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