A demência canina é um fator praticamente inevitável do processo da velhice natural dos cachorros, porém, é possível que se tome certas medidas para melhorar a qualidade de vida durante o envelhecimento deles.
O cérebro é o principal órgão responsável de fazer diversas tarefas, sendo ele que interpreta e traduz os estímulos externos aos outros órgãos, se encontrando associado e controlando todos os processos do metabolismo do organismo.
Assim, uma vida longa é sinônimo de muitas alegrias e de momentos compartilhados, porém, podem trazer o desgaste físico, emocional e psicológico do organismo, até mesmo da capacidade cognitiva do cérebro, onde tal regra também vale para os cachorros.
O começo da demência canina
O começo da demência canina é caracterizado principalmente pela perda de forma progressiva das funções sensoriais, em que a visão e a audição se encontram afetadas de forma rápida, mas, o olfato, o qual é o principal sentido dos cachorros, resiste de maneira mais forte.
Em situações mais avançadas, o cachorro começa ainda a perder a sua função cognitiva, o que na realidade é uma consequência lógica da degeneração dos sentidos, onde ele se torna incapaz de poder reconhecer ordens e ainda demonstrar problemas de localizar o espaço e o tempo.
Mesmo que uma das causas mais comuns da demência seja a velhice, existem ainda outros fatores de riscos, onde os mais importantes são a alimentação de maneira desequilibrada, a intoxicação, acidentes vasculares, traumatismo e danos cerebrais de diversos tipos.
Principais sintomas da demência canina
Quanto aos sintomas da demência canina, podem influenciar as mudanças nos hábitos e comportamento, em que os cachorros normalmente entram na fase da maturidade nos seis anos de idade, onde quanto maior o seu tamanho, mais rápido surgem os sintomas da velhice.
Com isso, os cachorros mais velhos apresentam a dificuldade em escutar as ordens e chamados dos seus donos, e normalmente, nem se trata de desobediência, mas sim por conta da perda de audição.
O mesmo ainda por ocorrer com a visão do cachorro, onde ele costuma demonstrar dificuldades de se orientar quando caminha, e por não ver os objetos no caminho, pode acabar esbarrando neles por não conseguir desviar a tempo.
Perda da sensibilidade com a demência canina
Geralmente, em pouco tempo, o cachorro começa a perder a sensibilidade, onde as reações aos estímulos externos, como odores, barulhos e até mesmo a presença de outros animais, começam a diminuir, inclusive, eles sentem dificuldades de sentirem as pessoas que estão no seu território.
Além disso, os sintomas quando se avançam podem ocasionar na demência severa, onde surgem os seguintes fatores:
- Hiperatividade ou ansiedade;
- Mudanças de temperamento;
- Falta de apetite;
- Cansaço ou depressão;
- Falta de controle em relação as suas necessidades fisiológicas;
- Perda dos movimentos aleatórios e da consciência;
- Falhas da memória, em que se esquece do seu próprio nome e das pessoas que conhece.
Mas, a demência canina ainda pode ser desenvolvida de maneira silenciosa e só pode ser notada em uma fase bem mais avançada. Assim, as consultas de forma periódica ao médico veterinário são sempre essenciais para poder preservar o bem-estar do cachorro, onde se pode tratar desde cedo o cão.
Existe algum tratamento para a demência canina?
Como todos sabem, nada pode evitar o envelhecimento, porém, existem tratamentos paliativos para poder reduzir a degeneração neuronal e garantir uma melhora das funções cognitivas do cão.
O médico veterinário pode assim realizar a administração dos conhecidos Inibidores de Monoamina Oxidase – IMO, em que esses medicamentos apresentam uma ação neuro-protetora, já que diminuem a ação dos radicais livres.
Veja também – Síndrome da disfunção cognitiva canina: o que é?
Mas, de forma complementar, se pode usar o extrato natural, em que tal tratamento melhora muito a oxigenação do cérebro e ainda pode proporcionar benefícios nas funções cognitivas. Assim, é preciso lembrar que o veterinário é o profissional capacitado para a prescrição do tratamento específico e adequado.
3 sinais de que seu cachorro se encontra com demência canina
Caso o seu cachorro esteja envelhecendo, além de ter atenção em relação as mudanças de comportamento da rotina, aparência física ou alimentação, é preciso que você ainda tenha atenção em alguns sinais que indiquem a demência, como:
Desorientação
Nos seres humanos, a desorientação é um sinal bastante comum de demência e os cachorros também pode apresentar isso. Assim, se o cachorro estiver parecendo perdido dentro de casa e não encontra as coisas do seu dia a dia, como a sua comida ou água, é preciso que você fique atento.
Um cão com demência acaba sempre entrando em espaços que antes sabia que ele não cabia, como atrás de certo móvel, ou então podem ficar olhando de forma fixa para uma parede.
Além disso, a desorientação é capaz de afetar o sono dos cachorros, em que eles deixam de perceber que está na hora de ir dormir e revertem os seus horários.
Reações diferentes
Mudanças bruscas e repentinas na maneira de interagir do cachorro ou nas suas reações com determinadas coisas, podem acabar significando demência e necessitam de atenção, pois um cão que era muito amistoso pode se tornar agressivo por medo ou então por esquecimento.
Veja também – Raças de cachorro mais ciumentas: saiba quais são!
Os cachorros com demências podem acabar se esquecendo, mesmo que seja momentâneo, os relacionamentos que possuíram com as pessoas que gostavam ou com algum petisco favorito.
Assim, os cães nessa condição podem sempre perder o interesse em coisas que antes os deixavam bastante animados, como ir passear ou então quando o seu dono chegava em casa. No entanto, é necessário ter atenção se tais mudanças são causadas realmente pela demência ou por outra condição.
Falta de energia
A falta ou diminuição de energia que um cão costumava possuir, também pode ser um sinal de diversos problemas, o que inclui a demência canina. Quanto a queda de energia em cachorros idosos, isso pode ser normal, porém, a falta de energia acompanhada da falta de interesse e de curiosidade indicam problemas cognitivos.
Cachorros com demência podem acabar se mostrando desinteressadas em atividades que os agradavam antes, como brincar e farejar, além de apresentar movimentos repetitivos, como balançar a cabeça e andar em círculos.
Portanto, uma boa qualidade de vida na velhice depende apenas de adotar hábitos que sejam saudáveis desde jovem, onde com isso é possível evitar fatores de risco que acabam acelerando o processo da demência canina. Além disso, uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos são medidas essenciais.
Fazer Comentário