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Erliquiose

Erliquiose: causas, sintomas e tratamento

A erliquiose é também muito conhecida como Pancitopenia canina tropical, doença do carrapato ou então febre hemorrágica canina, sendo uma doença de infecção séria e generalizada, em que vem apresentando diversos casos diagnosticados na maioria dos continentes.

Ultimamente, o aumento de casos de erliquiose tem se ocorrido basicamente por conta da proliferação do Rhipicefalus sanguineus, sendo esse um carrapato marrom, atuante como vetor, isto é, ele pode abrigar e transportar o agente da doença, a bactéria Ehrlichia Canis ou E. Canis.

Dessa forma, a erliquiose se trata de uma patologia que se instala por meio de uma bactéria que é transmitida pelo carrapato, sendo bastante grave e que pode até mesmo levar o cachorro a morte.

Erliquiose

Entenda mais sobre a Erliquiose e como ocorre a sua transmissão?

A erliquiose que ocorre em cachorros é uma doença de infecção generalizada, onde os microrganismos do E. Canis causam ainda outras diversas doenças que são de menor gravidade.

Uma das primeiras notificações científicas de uma E. Canis aconteceu na Argélia na década de 1930, porém, a doença só se tornou comum na Guerra do Vietnã, onde nesse país, os cachorros militares morreram de uma forma bastante rápida.

Além disso, a erliquiose atingem muito raramente os gatos e seres humanos, sendo uma doença muito comum na época do verão, onde os carrapatos, o qual é o transmissor principal da patologia, precisa de umidade e calor para se reproduzirem.

Por ser considerada como uma doença que se transmite pela picada do carrapato, outros tipos de doenças também podem ser causados no cachorro, como a babesia, hepatozoon e a hemobartonella canis.

Mas, de uma maneira geral, a erliquiose é uma das doenças mais perigosas, em que quando o dono notar qualquer tipo de mudança no seu cachorro, ele deve leva-lo imediatamente a um médico veterinário.

Quais os sintomas da erliquiose?

Em relação aos sintomas da erliquiose, pode-se dizer que eles são variados, onde se inclui a falta de apetite, o inchaço nas patas, a perda de pelos, uma mucosa mais pálida e até mesmo convulsões, podendo-se dividir os sintomas em três fases, as quais são:

  • Na fase aguda, é quando começa a doença e o cachorro apresenta os primeiros sintomas, incluindo-se a febre, manchas vermelhas na pele, perda de apetite e vômitos, em que ao perceber qualquer um desses sintomas, é preciso que o cachorro seja levado ao veterinário para ser examinado e fazer os exames adequados.
  • Na fase subaguda, ela pode chegar a durar entre seis a dez semanas, em que o principal sintoma é a mucosa pálida, onde é solicita pelo veterinário um hemograma.
  • Já na fase crônica, essa é a fase mais avançada, onde o cachorro se encontra com o seu sistema imunológico todo comprometido, além de estar magro e com muita queda de pelos.

Vale ressaltar ainda que quando a doença se agrava e não é tratada de forma adequada depois do surgimento dos primeiros sintomas, ela pode evoluir muito. Com isso, os sintomas tendem a piorar e se assemelham com a meningite que ocorre em seres humanos, onde os sintomas são:

  • Mudança nos sentidos e na percepção;
  • Deficiência da coordenação dos movimentos;
  • Mudança de humor;
  • Perda da consciência.

Sendo assim, a magnitude dos sintomas pode depender dos fatores característicos de cada cachorro, em que um cão que apresenta uma baixa imunidade, ou seja, mais idoso, pode possuir sintomas de forma mais rápida ou mais intensos do que os cachorros mais saudáveis e jovens.

A realização do diagnóstico a tempo

A realização do diagnóstico a tempo é algo fundamental para garantir uma cura rápida da erliquiose no cachorro, em que no começo do tratamento é administrado antibióticos, e quando o cachorro possui anemia pode-se realizar transfusões de sangue.

No caso de a doença não atingir as meninges, é possível que a recuperação ocorra quase que por completa, além da melhora da qualidade de vida do cachorro. Porém, se existir danos às meninges, isso é irreversível e pode leva-lo à morte.

Na maioria das vezes é bastante difícil notar os sintomas da erliquiose em cachorros, onde eles se confundem com outros sinais de distúrbios. Dessa forma, a melhor forma de impedir essa doença, é sempre levar o cachorro de forma periódica ao veterinário, onde ele fará exames de rotina.

Além disso, é essencial impedir que os parasitas, que estejam contaminados ou não, cheguem a atacar a pele do cachorro e, por isso, é indicado que se faça um tratamento antiparasitário interno e externo de maneira periódica, além de se usar sabões ou coleiras antipulgas.

Erliquiose

Tratamento da erliquiose

Sobre o tratamento da erliquiose, a probabilidade de cura é maior quando se realiza o diagnóstico no início. No entanto, felizmente, pode-se alcançar a cura em qualquer fase, em que é exigido muita dedicação do dono do cachorro.

De uma maneira geral, o cachorro será tratado com antibióticos e com certas injeções que devem ser aplicadas pelo veterinário. Mas, em situações mais graves, existe a necessidade de transfusões de sangue.

Além disso, vitaminas e um alimentação mais especial são indicadas para ajudar no processo de recuperação do cachorro, em que o tempo do tratamento poderá depender do histórico de vida do cachorro e da fase em que foi feito o diagnóstico da doença.

Prevenção da erliquiose

Um dos principais métodos para combater a erliquiose, bem como outros tipos de doenças, é realizando a prevenção, em que nesse caso não existe qualquer tipo de vacina contra a erliquiose e a única forma de prevenção é a realização do correto protocolo de desparasitação para se evitar carrapatos.

Com isso, para evitar esse tipo de doença, é essencial controlar os carrapatos, sendo importante manter a higiene do cachorro e do lugar que ele fica, além de verificar todos os dias se ele está com carrapato, especialmente depois de passeios na rua.

Portanto, se você possui cachorro em casa e se preocupa com o bem-estar dele, principalmente se passeia muito com ele na rua, saiba que é preciso ter atenção com a doença conhecida como erliquiose, em que a prevenção é sempre melhor do que qualquer remédio. Por isso, tenha atenção aos carrapatos no seu cachorro!

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