A doença de Lyme é uma doença bacteriana transmitida por carrapatos e que pode causar diversas complicações mais sérias quando não é tratada a tempo. Saiba mais sobre a doença de Lyme, seus sintomas e como preveni-la adequadamente.
O que causa a doença de Lyme?
A doença de Lyme, também conhecida como borreliose de Lyme, é uma doença bacteriana que pode ser transmitida para humanos, cães e outros animais por certas espécies de carrapatos.
É causada pela bactéria em forma de espiral Borrelia burgdorferi que é transportada através do hospedeiro (carrapato), e entra na corrente sanguínea dos cães através da picada.
Uma vez na corrente sanguínea, as bactérias podem viajar para diferentes partes do corpo e causar problemas em órgãos ou locais específicos, como articulações, rins, entre outros.
Quais são os sintomas da doença de Lyme em cães?
A doença de Lyme é, infelizmente, uma doença canina bastante comum. Os sintomas típicos em cães incluem:
- Febre
- Perda de apetite
- Energia reduzida
- Rigidez generalizada, desconforto ou dor.
- Inchaço nas articulações
- Sensibilidade ao toque
- Dificuldade ao respirar
Os sintomas podem evoluir para insuficiência renal, o que pode ser fatal. Efeitos cardíacos e neurológicos graves também podem ocorrer.
Como os cães são testados para a doença de Lyme?
Se você desconfia que seu cão esteja infectado, o mais recomendado é procurar imediatamente um veterinário. Ele poderá analisar adequadamente os sintomas e se for preciso, pedir a confirmação da suspeita através de um exame de sangue.
Entretanto, o diagnóstico pode ser difícil de ser confirmado em alguns casos. Existem dois tipos de exames de sangue: um é um teste de anticorpos, que detecta a presença de anticorpos específicos que são produzidos no corpo do cão em reação à presença da bactéria. Um resultado positivo confirma a exposição à bactéria causadora da doença.
O problema é que os cães que foram infectados recentemente podem não ter um nível suficientemente alto de anticorpos presentes na corrente sanguínea para serem detectados no teste.
Da mesma forma, os cães que já foram infectados há certo tempo podem não ter mais anticorpos suficientes para apresentarem um resultado positivo no teste. Assim, pode haver resultados de teste “falso negativos” para cães que realmente têm Lyme.
O segundo tipo de teste é um teste de reação em cadeia da polimerase (PCR), um teste de DNA específico que confirma a presença da bactéria causadora da doença. Novamente, podem ocorrer resultados de testes “falso negativos”, pois as bactérias podem estar presentes em uma articulação afetada, por exemplo, mas não nas células do sangue que foram testadas.
Por isso, seu veterinário pode requerer combinações de exames, além do exame de sangue comum, como exame de urina, exames fecais ou raios-X. O fluido das articulações afetadas também pode ser enviado para análise. Assim, é essencial um veterinário de confiança e que seja capacitado para perceber quando este tipo de situação deve ocorrer.
Como a doença de Lyme é tratada?
O tratamento inclui a administração de antibióticos, o que geralmente resolve os sintomas rapidamente, em torno de quatro semanas. Entretanto, em alguns casos, a infecção pode persistir e a medicação por tempo mais prolongado pode ser necessária.
O tratamento também pode incluir outras terapias destinadas a resolver ou aliviar sintomas específicos decorrentes da doença. Em alguns casos os sintomas podem ser resolvidos, mas retornam posteriormente, e o desenvolvimento de doença renal no futuro deve ser sempre uma preocupação.
A doença de Lyme pode ser transmitida pelos cães aos humanos?
Os cães não são uma fonte direta de infecção para as pessoas. A doença de Lyme não pode ser transmitida de um animal para outro, nem de animais de estimação para humanos, exceto através de picadas de carrapatos. No entanto, um carrapato infectado pode entrar em sua casa no pelo do seu cão e chegar até você.
Se seu cão for diagnosticado com a doença de Lyme, você e qualquer outro animal de estimação provavelmente estiveram no mesmo ambiente externo e também podem estar em risco, por isso é uma boa ideia consultar seu médico e veterinário para verificar se você deve testar outros animais de estimação ou membros da família.
Prevenindo a doença de Lyme em cães
Se possível, evite deixar seu cão vagar em ambientes infestados de carrapatos, onde a probabilidade de transmissão da doença de Lyme é comum. Verifique o pelo e a pele do seu cão diariamente e remova os carrapatos à mão e lembre-se de manter a grama do seu quintal e no entorno cortada o mais curto possível, para evitar o aparecimento desse tipo de parasita.
Outra dica é aprender o método adequado de remoção de carrapatos, por exemplo, investir em um par de pinças finas usadas para essa finalidade é uma boa pedida. Se você tiver algum tipo de dificuldade, ou achar que não conseguiu retirar todos os carrapatos no pelo do seu cão, consulte um veterinário e peça para que ele realize uma verificação. Eles poderão encontrar qualquer um que você tenha deixado para trás.
Seu veterinário também pode recomendar uma variedade de sprays, coleiras e produtos tópicos que matam e repelem carrapatos. Tais produtos devem ser usados sob a supervisão e de acordo com as instruções do rótulo.
Outra possibilidade é a vacinação. Existem vacinas disponíveis que podem ajudar a evitar que o seu cão tenha a doença de Lyme. Entretanto, elas podem não ser apropriadas para alguns cães, sendo necessário o aval do seu veterinário.
Os cães são parte da família, fornecem amor e carinho incondicionais, e nos divertem sem pedir nada em troca. Se você ama o seu amiguinho de quatro patas, o mínimo que pode fazer por ele é garantir que tenha todas as suas necessidades físicas e emocionais atendidas, para que esteja sempre saudável.
Por isso, não se esqueça de utilizar as dicas citadas anteriormente para prevenir a contaminação do seu cãozinho e também dos humanos que convivem com ele.
E se perceber algum sintoma da doença de Lyme, não hesite em procurar ajuda profissional, quanto antes for diagnosticado o problema, menor a chance de ocorrer piores complicações!
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