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Cachorro com olho branco? Saiba quais são as causas

Não há momento mais triste para um dono que perceber que o seu pet está ficando doente. É o mesmo que acontece quando as pessoas começam a perceber o aparecimento de pequenas bolas brancas no centro do olho do seu cachorro. Muitas vezes, pelo fato de o animal não dar sinais de que está sentindo dores na região, é muito comum que elas acabem se descuidando do problema, o que, mesmo sem querer, pode acabar comprometendo a saúde ocular do animal.

Por outro lado, de maneira igualmente perigosa, é comum que os donos do cão tomem a atitude de medicá-lo sem uma consulta prévia a um veterinário, acreditando que aquele pequeno ponto esbranquiçado não é nada grave e que deverá ir embora em pouco tempo, o que, infelizmente, não é o que realmente acontece.

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E tudo isso tem uma explicação! O fato de o cachorro estar com manchas esbranquiçadas nos olhos pode se tratar, na verdade, de uma doença grave que, se não for diagnosticada precocemente e tratada o mais rápido possível, pode resultar em consequências graves e até irreversíveis à saúde ocular do melhor amigo, incluindo a perda total da visão. E ninguém quer ver o bichinho que tanto ama passar por essa situação, não é verdade?

Então, olhe bem nos olhos do seu cão e preste atenção se ele está com os seguintes sintomas das doenças que vamos mostrar no decorrer desse artigo. Vamos lá?

Catarata canina

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A primeira possível causa do surgimento de bolinhas brancas no centro do olho do seu pet pode estar relacionado à catarata, que, do mesmo modo que em humanos, também pode afetar a saúde ocular canina de maneira irreversível. Entre os primeiros sinais da doença estão o aparecimento de uma camada pastosa branca, lembrando o aspecto de um gelo triturado, bem no centro de um ou dos dois olhos.

A catarata canina é responsável por provocar um distúrbio que favorece a perda gradativa da transparência do chamado cristalino, mais popularmente conhecido como lentes dos olhos, região responsável por dar foco às imagens. Geralmente, a doença atinge mais comumente cães idosos, a partir dos 6 anos de idade, mas filhotes e pets mais jovens também não estão totalmente livres do problema, que pode se desenvolver em quaisquer raças de cachorros.

Na maioria dos casos, a incidência da catarata em animais está relacionada a traumas, diabetes, aumento das proteínas insolúveis, disfunções do metabolismo nutricional, estresse osmótico, mudanças na concentração de oxigênio, medicamentos, inflamações intra-oculares, exposição à toxinas e herança genética, sendo esta última a mais comum entre cães.

Portanto, não há uma maneira de prevenir a doença. No entanto, o tratamento é cirúrgico e, mesmo afetando a capacidade do seu bichinho enxergar de perto, pode recuperar com sucesso a sua visão funcional.

Esclerose Nuclear Canina

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A esclerose nuclear em cães é bastante confundida com a catarata, pois também aparece inicialmente com um esbranquiçamento nos olhos do animal. No entanto, diferente desta, a esclerose nuclear apresenta reflexo nas lentes oculares dos bichinhos, semelhante a uma névoa azulada ou acinzentada, enquanto os animais com diagnóstico de catarata ficam com as lentes opacas.

A doença costuma se desenvolver em cães com mais de 6 anos de idade ou em faixa etária mais avançada, afetando geralmente os dois olhos ao mesmo tempo. A sua principal causa está relacionada à uma compressão das fibras do cristalino (lentes), que apesar de merecer toda a atenção do dono e do veterinário, não afeta tanto a visão do pet quanto a catarata.

Ainda, diferente da catarata, a esclerose nuclear canina nunca é tratada com procedimentos cirúrgicos, mas somente com medicamentos prescritos por um profissional de confiança após vários exames clínicos.

Glaucoma em cães

Uma outra doença que pode afetar gravemente a saúde ocular dos nossos pets é o glaucoma. Os principais sintomas são visão turva e esbranquiçada, pupilas dilatadas e perda repentina da visão. As principais causas do glaucoma estão relacionadas ao aumento da pressão ocular, que causa a morte lenta dos nervos ópticos e resulta na cegueira total do animal.

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Da mesma forma que as citadas anteriormente, a doença pode se desenvolver em cães a partir dos 6 anos de idade e tende a ser mais frequente em bichinhos com idade avançada. Quando descoberta a tempo, o tratamento com medicamentos pode ajudar a diminuir as dores sentidas na região pelo cachorro.

A princípio, o veterinário deverá realizar exames clínicos nos olhos do animal com o intuito de medir a pressão intraocular (tonometria de aplanação) e fazer um exame do fundo do olho (fundoscopia). Se confirmado o glaucoma, o profissional deverá realizar as aplicações intravenosas de diuréticos, a fim de facilitar a drenagem do líquido que se acumula dentro do globo ocular do cão quando ele está com a doença, o que amenizará significativamente as suas dores.

Em casa, o animal deverá ser medicado com colírios que possuem a função de reduzir a formação do chamado humor aquoso nos olhos dele. Eles deverão ser utilizados por toda a vida do cão e, se em algum momento pararem de surtir efeito, será necessária uma cirurgia.

Gostou do artigo de hoje? Fique atento (a)! Se o seu pet apresentar quaisquer dos sintomas das doenças acima, procure imediatamente um veterinário para realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

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